Crónica de Uma Morte Anunciada
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A noticia já era falada há muito tempo: ano(s) até talvez, mas era daquelas coisas que julgávamos que poderiam nunca vir a acontecer. Digam o que disserem o Independente era um dos ícones do Jornalismo Português: teve grandes directores e jornalistas que foram fazendo a casa ao longo da sua existência:uns mais conhecidos para o público (Paulo Portas, Miguel Esteves Cardoso, Pedro Rolo Duarte ou Inês Serra Lopes) e outros mais conhecidos para mim (Joana Petiz, Carlos Morais,Umberto Simões ou Filipe Paiva Cardoso entre muitos outros): alguns já noutras áreas, outros noutros jornais, todos eles tiveram a sua quota parte na vida do Independente.
O Independente tomou uma decisão que foi ser 'Independente' (passe a redundância) de tudo e todos, inclusivamente dos grandes grupos da comunicação social. De há algum (largo) tempo para cá a situação do Jornal já não era famosa, mas quem estava ao comando foi tentando remendiar algumas situações, que infelizmente se foram agravando até que chegaram a um 'point of no return'.
Ficou mais pobre o jornalismo português, pela isenção que o Independente sempre demonstrou nas suas páginas. Ficaram mais pobres as bancas e quiosques de jornais, porque não voltarão a ter as capas do semanário das sextas feiras...ficámos todos mais pobres, porque não voltaremos a ler as suas linhas.
Foi o Ponto final de uma longa viagem. Mais do que uma Morte anunciada...fica sempre a tristeza de ver partir algo ou alguém que nos traz e deixa boas recordações.
LONG LIVE INDY !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!