sábado, março 31, 2007

Sinal de alerta

Começo por dizer que não sabia ao que ia, isto no sentido em que não conhecia os actores, a realizadora e tão menos sabia pormenores do enredo e da estória. Apenas sabia que ‘Sinal de Alerta’ tinha já arrecadado inúmeros prémios, entre os quais o Prémio do Júri no Festival de Cannes 2006 e ainda cinco prémios BAFTA, os "óscares" britânicos: Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento, Melhor Actor e Melhor Actriz. Apesar das referências confesso que fui um pouco à ‘aventura’, da qual devo dizer que saí surpreso pela positiva.

‘Sinal de Alerta’ mostra-nos por um lado a força e a perigosidade das novas tecnologias. Jackie (Kate Dickie), é operadora de um sistema de câmaras de vigilância na cidade de Glasgow. Ela observa quem simplesmente passeia, observa encontros e desencontros entre pessoas, observa erros, crimes e outros problemas. Por outro lado, o filme mostra-nos uma mulher sem emoções, desgostosa com a vida e que vive presa a um passado marcado por uma tragédia. Jackie ganha outra ‘vida’ quando numa das câmaras reconhece uma cara ligada ao seu passado: um homem envolvido na morte do seu marido e filha regressado da prisão. A perigosidade do sistema de câmaras fica demonstrada, quando ela o utiliza para seguir os passos deste homem, colocando inclusivamente em causa a vigilância de outras situações que ocorriam nas ruas da cidade escocesa.

Da revolta que ela sentiu quando viu Clyde (Tony Curran), à decisão de fazer justiça pelas suas mãos foi um pequeno passo. Jackie entra num turbilhão de emoções, que mistura a raiva e a vingança, com o luto e o perdão. O filme é extremamente pesado e as actuações de Dickie e Curran marcam o desenvolvimento da história em toda a linha. Andrea Arnold (vencedora de um Óscar pela curta metragem ‘Wasp’) mostra-se exímia na arte de filmar a mudança das questões e das emoções abordadas, sem que com isso o filme perca interesse ou impacto: ela consegue manter o espectador preso ao enredo e à vida dos personagens desde o seu início ao seu final.

Em Exibição
Nota: 8/10

segunda-feira, março 26, 2007

Black Jack...Para a Eternidade

Foi há 10 anos que os Black Jack se despediram dos palcos...depois de muitas lutas, de muito trabalho...um ponto final. Foi há 10 anos...e foi uma despedida em beleza: em grande mesmo.

'Já lá vão 2 dias desde que o sol pousou
Sem garantia que vá voltar a nascer
Para mim fui o mundo que acabou
Já não há nada a fazer
Pois já sofri demais nesta vida
Pois já toquei demais nesta ferida

Será que alguém se lembra de mim?
Será que alguém sabe porque vim?

Não sei o que vou fazer a seguir…
Se grite se chore ou se lamente
A quem é que hei-de ouvir?
Vejo que o céu me mente
Mas espero que me venham buscar…
Espero que me venham salvar

Será que alguém se lembra de mim?
Será que alguém sabe porque vim?

Mas tenho que guardar a esperança
Tenho de manter o ritual…
Fartei-me de dançar esta dança
A quem é q eu fiz mal?
É o castigo dos meus pecados…
É o castigo dos mal-amados

Será que alguém se lembra de mim?
Será que alguém sabe porque vim?

Vejo uma luz bem no fundo…
É a minha oportunidade
Digo adeus a este mundo…
Embora não leve saudade
Acabou-se o sofrimento…
Acabou o meu lamento........'

'Eternidade' - Black Jack (Rui Paulo Martins)

domingo, março 25, 2007

Rumo ao Mundial...

Em dia de jogo da Selecção Nacional de Futebol, frente à Bélgica referente ao apuramento para o Euro'2008, do outro lado do Mundo, Portugal jogava outra cartada decisiva, rumo à maior competição da modalidade.

Depois de em 2004, a Selecção ter garantido a vitória no Torneio das Nações B (a chamada segunda divisão do râguebi europeu), os ‘Lobos’ voltaram a surpreender (ou talvez não) e atingiram o feito do apuramento para o Mundial de Râguebi (que se vai realizar em França em Setembro e Outubro deste ano).

Mais do que um jogo, esta é uma conquista da garra, da luta, da crença e de um enorme querer: querer vencer e crer que nem só de Futebol se faz o desporto em Portugal. Mais do que uma vitória no resultado da eliminatória, este é um feito de muita luta, persistência e de um trabalho árduo e muitas vezes feito à custa do suor e do próprio bolso de cada um. Mais do que uma qualificação, este é o atingir de um patamar, até há meia dúzia de anos, impensável no Râguebi português.

É que falamos de uma selecção amadora que se qualifica para o Campeonato do Mundo: é a primeira vez que tal acontece na história do Râguebi Mundial. Sem grandes condições para treinar, os internacionais lusos, muitas vezes tiveram de custear as despesas para as deslocações e para o material para poderem treinar, e tiveram inclusivamente que contar com as benesses dos seus Patrões ou então gastar dias de férias para poderem participar nos estágios e nos jogos fora; isto porque o Futebol no nosso país parece mais importante, e o Governo só começou a olhar ‘seriamente’ para a equipa dos ‘Lobos’ nesta última etapa: até então…. Era um parente pobre.

Enalteça-se o feito, e dê-se os parabéns aos bravos deste pelotão nacional. Tire-se o chapéu ao Seleccionador Tomás Morais que se acreditou que mesmo contando apenas com o trabalho e a colaboração de cada um podia lá chegar.

Em França, e sendo á partida a equipa com menos credenciais da prova, Portugal vai certamente contar com o apoio dos emigrantes lusos (esses estão sempre ao lado da(s) sua(s) selecção (ões), e vai quem sabe tentar conquistar um pouco mais de espaço ao sol. Isso serão outras contas.

Agora é tempo de festejar…

PARABÉNS LOBOS

sexta-feira, março 23, 2007

Coragem...

Grande Música...

Some Want To Think Hope Is Lost See Me Stand Alone
I Can't Do What Others May Want Then I'll Have No Home

So For Now Wave Good-bye And Leave Your Hands Held High
Hear This Song Of Courage Long Into The Night
So For Now Wave Good-bye Leave Your Hands Held High
Hear This Song Of Courage Long Into The Night

And The Wind Will Bear My Cry To All Who Hope To Fly
Hear This Song Of Courage Ride Into The Night

Battles Are Fought By Those With The Courage To Believe
They Are Won By Those Who Find The Heart
Find A Heart To Share
This Heart That Fills The Soul Will Point The Way To Victory
If There's A Fight Then I'll Be There I'll Be There

So For Now Wave Good-bye, Leave Your Hands Held High
Hear This Song Of Courage Long Into The Night
And The Wind Will Bear My Cry To All Who Hope To Fly
Lift Your Wings Up High My Friend Fearless To The End

So For Now Wave Good-bye, Leave Your Hands Held High
Hear This Song Of Courage Long Into The Night
'Courage' - Manowar (Joey DeMaio)

quinta-feira, março 22, 2007

Music and Lyrics

Começando como deve ser (pelo inicio) o ‘videoclip’ que abre o filme, é simplesmente genial. Foi um daqueles momentos em que, quem ainda se lembra da pop dos 80’s ao melhor estilo dos WHAM, se riu de forma sincera e relaxada, porque olhar para as coisas que se faziam na época, só dá mesmo para isso: rir.



Chamei os WHAM para este Post, porque Hugh Grant (Alex Fletcher) encarna o papel do segundo membro de uma banda que fez um sucesso tremendo nos 80’s. ‘Pop’ era o nome dessa banda e Fletcher, o elemento que depois da banda se ter desmembrado, de quem praticamente ninguém se lembra, ao passo que o outro membro (Collin) fez uma mega carreira de sucesso a solo: será que não faz lembrar assim só um bocadinho George Michael, os WHAM e o ‘outro’ de quem praticamente ninguém se lembra? (chamava-se Andy Ridgeley)…só assim um bocadinho.

A ideia está gira e a história começa aí. Fletcher vive dos sucessos do passado, e da memória de poucos (poucas fãs), quando através de Chris (Brad Garrett), o seu agente, lhe surge a oportunidade de compor uma música para uma ‘teen’ famosa, (Halley Benett faz de Cora Corman) concorrente de Shakira, Brittney Spears entre outras. É aqui que entra Drew Barrimore (Sophie Fisher) que – como sempre acontece nestes filmes – aparece ‘por acaso’ em cena. Daqui para a frente já se pode imaginar o que vai acontecer: a velha história ‘rapariga conhece rapaz, rapaz conhece rapariga, eles apaixonam-se, ele desilude-a, ela chora, ele volta, ela chora, ele pede perdão, ela chora, eles beijam-se, ela chora, e eles vivem felizes para sempre (ou não). ‘


A ideia está longe (muito longe) de ser nova, inovadora ou sequer original. Mas é descontraída e divertida, à semelhança de muitos dos outros filmes que Grant já fez (Nothing Hill ou Diário de Bridget Jones). Confesso que este é um tipo de filme que habitualmente não me apraz muito ver no cinema…mas por acaso até estava a apetecer ver algo levezinho e simples: parece que fiz bem. É hora e meia bem passada; não e hilariante mas a verdade é que toda a gente saiu da sala a dar o ‘pézinho’, a fazer o movimento e a cantarolar ‘Pop Goes My Heart’, o tema do clip que abre o filme. Pelo menos teve esse condão: fazer sorrir.

Estreia hoje (5ªFeira) 22/03/07
Nota: 7/10


PS. A voz da(s) música(s) é mesmo de Hugh Grant. Apesar de ele afirmar que odeia cantar, teve de o fazer, e há que o dizer….nem se saiu mal.

terça-feira, março 20, 2007

7 Desafios....SETE

Numa das minhas passeatas pela net e pelos meus blogs de eleição, encontrei este ‘desafio’. Está engraçado, respondo e passo aos seguintes…

7 Coisas que faço bem:
- Escrever; não é mentira…tenho um certo jeito para as palavras, mesmo quando ditas, mas mais quando escritas.
- Ser honesto, sincero e verdadeiro;
- Massa com Natas (é simples, mas sai sempre bem);
- Falar de Futebol (tá-me no sangue…não posso fazer nada, mas tento-me controlar);
- Conduzir…desde que veículos de 4 rodas. Já lá vão quase 10 anos e nem um toque (nem ‘zinho’ nem nada – ‘Bate 3 vezes na madeira’), e gosto. Desde carros pequenos, até Ivecos de rodados duplos, já me passou de tudo pelas mãos e pelos pés…mas atenção: não sou maluco: sou um condutor ‘civilizado’;
- Desarrumar…quanto a isto tenho trabalhado para ser ‘pior’, mas mesmo assim ainda sou um ‘ás’ na arte de desarrumar. O problema é que depois vem o trabalho de arrumar tudo;
- Surpresas...não dou é exemplos senão ainda se me estraga uma próxima ;)

7 Coisas que não posso/não sei fazer:
- Cozinhar pratos no forno (não tenho forno…por isso também não tenho muitas hipóteses);
- Lidar com gente, incompetente, burra, e….vá….ESTÚPIDA! Não consigo mesmo…não sei como o fazer (aceitam-se sugestões);
- Andar de mota…faz-me alguma espécie confesso: deve ser de ter tido um ‘pequeno’ acidente praí há 12 anos (??) quando dava um giro e dei (literalmente) de caras com um carro numa rua apertada: ou era ele ou eu…nenhum de nós passou.
- Começar o dia sem café…não dá mesmo; já tentei e o resultado não foi bonito;
- Estar sem ouvir música: a primeira coisa que faço quando entro no carro/chego ao trabalho/chego a casa, é ligar um aparelho qualquer e pôr umas musicas a ‘dar’;
- Estar muito tempo sem ir à Praia nem que seja para ver o mar (ás vezes ir ‘ver o rio’ também serve);
- Não Votar;

7 Coisas que habitualmente digo:
- ‘Ganda nóia Martelo’…aplica-se quando mais comentário nenhum se aplica porque o assunto/frase/atitude/reacção não tem explicação, é um disparate ou é muito ‘fora’
- Impropérios vários…é vero, digo-os muitas vezes em situações tais como: * conduzir no meio do trânsito e algum anormal julga que a estrada é só dele (muitas vezes os visados são taxistas…o que se há-de fazer??)* ver o Nuno Gomes falhar golos de baliza aberta * Isto são só dois exemplos…
- ‘Miserável’ e ‘Sinistro’, quando algo é tão mau que só descrito assim (Vem muitas vezes a seguir aos impropérios por ver o N.Gomes falhar golos de baliza aberta);
- ‘Este gajo é o máiór’;
- ‘Estoy Tranquillo’ ou na nova versão ‘Com Tranquilidade’;
- ‘Não agradeças…foi de boa vontade’;
- ‘Até já’

7 Pessoas para serem celebridades:
- Eu;
- Tu;
- Ele/Ela;
- Nós;
- Vós;
- Eles/Elas;
- Sinceramente quando a isto não sei: mas temos uma criança na família que pelo menos para nós é uma celebridade….e das grandes: ‘é o maior’.

7 Coisas que me atraem no sexo oposto:
- O Sorriso;
- O Carácter;
- O Sentido de Humor;
- Os Olhos;
- A Inteligência;
- A Mente sã;
- A Honestidade;
(Haveria mais…mas são só 7)

As minhas 7 vítimas a quem passo o testemunho:
- Joana, Maggs, Mestre; Pelicano; Baiduei; Pestanas; Refugee…mas está aberto a quem mais queira.

quarta-feira, março 14, 2007

Seven

Em mais uma revisão dos filmes de eleição, decidi entregar-me novamente a um filme recheado de peripécias atordoantes, e com uma força incrível. ‘Seven’ é dos Thrillers mais impressionantes que me passou pelos olhos, pela forma perturbadora como a mente de um Serial Killer é revelada, até às suas profundezas mais intrigantes.

Bradd Pitt (Fight Club, Meet Joe Black) é um detective da Polícia que recolocado numa nova cidade, se torna parceiro de um outro agente à beira da reforma: Morgan Freeman (‘Million Dollar Baby, Condenados de Shawshank), está perto de se retirar quando se vê perante um novo parceiro e um caso, ao início intrigante, e que com o seu desenrolar se torna perturbador.

Os dois vêem-se envolvidos num jogo, com um psicopata (Kevin Spacey) que escolhe as suas vítima de acordo com os sete pecados mortais: Gula, Luxúria, ganância, Preguiça, Vaidade, Inveja e Ira. ‘John Doe’ (o anónimo), é extremamente metódico, grotesco, criativo e acima de tudo perfeccionista: ele planeia os seus crimes ao mais ínfimo dos detalhes e a forma como inclusivamente vai deixando pistas é demonstrativa disso mesmo. Ele vai ‘provocando’ os dois detectives de maneira a que se vão aproximando dele, mas sem nunca o apanharem….exceptuando, quando ele quiser.

O Final é simplesmente genial, e David Fincher (realizador de ‘O Jogo’ e ‘Fight Club’), demonstra a sua habilidade para criar estes cenários de confronto e mistério. Brad Pitt é um actor talhado para este tipo de filmes, e Morgan Freeman é perfeito na pele do detective experiente, mas que mesmo assim é surpreendido pela também ‘genialidade’ do Serial Killer: a paz que Kevin Spacey aparenta ter, é tão aterradora quão violenta.


Fincher, criou um poderoso e empolgante filme de suspense, que nos deixa pregados á cadeira desde o inicio ao seu final. ‘Seven’, é simplesmente brilhante e um dos Thrillers mais misteriosos e empolgantes do cinema. Sem dúvida um ícone dentro do género.

Nota: 9/10

quinta-feira, março 08, 2007

O Labirinto do Fauno

Três estatuetas dos Óscares, Festival de Cannes, Fanstasporto e uma extraordinária recepção da crítica americana, foram os ingredientes necessários para me conduzir a este filme. Não é muito habitual, vermos um filme de género ‘cinema fantástico’ receber criticas tão generosas e positivas.

A estória passa-se em Espanha (1944) numa altura em que a Guerra Civil espanhola já terminou, mas um grupo de rebeldes resiste ainda e sempre nas montanhas da Região de Navarra. O Capitão Vidal (Sergi López), é o oficial encarregue de travar esse combate. Ofélia (Ivana Baquero) é uma pequena sonhadora de 10 anos, que viaja com a mãe (grávida), para junto do Padrasto. A rapariga, com a gravidez da mãe e a falta de relação com o Padrasto, e fascinada pelos contos de fadas e livros fantásticos, deixa-se levar pela envolvência do mundo apreendido nos livros. Ela encontra um velho labirinto, onde conhece o Fauno: segundo este velho ser, Ofélia é a reencarnação de uma antiga princesa e o labirinto é a porta de entrada no Reino de onde a princesa desapareceu há muitos anos. Para a abrir, ela terá que cumprir uma série de tarefas, através das quais ela vai encontrar seres de ‘outro mundo’ e conhecer cenários paralelos e fantásticos.

Nesta nova ‘Alice no País das Maravilhas’ o tempo esgota-se com uma enorme rapidez. A relação entre o Mundo Real (onde se trava a Guerra Civil), e o Mundo Fantástico e fantasioso de Ofélia, é onde reside a maior virtude deste filme. Guillermo del Toro já não é novo nas andanças de explorar estes mundos fora do real e fá-lo com uma perícia enorme, criando cenários fabulosos e contextos mágicos. Depois de 'Nas Costas do Diabo' em que del Toro explora habilmente a dimensão da fantasia, o realizador mexicano ainda tratou o fantástico em 'Blade' e 'Hellboy'. Em ‘O Labirinto do Fauno’ fá-lo de uma forma extrema, cruzando o sonho e a fantasia (de Ofélia) com a realidade (a Guerra civil): no fundo, ambos são verdade

Não sendo ‘o filme do ano’, recomendo vivamente, porque está muito bem feito e para além dos desempenhos de López e Baquero, de destacar o trabalho de Maribel Verdú, no papel de Mercedes uma empregada do Capitão Vidal, (mas que sozinha na casa por estar aliada aos rebeldes, se vai aproximar da pequena Ofélia e ser um forte apoio), e Doug Jones, o Fauno.

Nomeado para 6 Óscares, venceu em três categorias (Melhor Direcção Artística, Melhor Fotografia e Melhor Caracterização).

Nota: 7,5/10

segunda-feira, março 05, 2007

Quando As Crianças Choram...


Esta música tem mais de 20 anos...



'Little child
Dry your crying eyes
How can I explain
The fear you feel inside

´Cause you were born
Into this evil world
Where man is killing man
And no one Knows just why

What have we become
Just look what we have done
All that we destroyed
You must build again

When the children cry
Let them know we tried
´Cause when the children sings
Then the new world begins

Little child
You must show the way
To a better day
For all the young

´Cause you were born
For the world to see
That we all can live
In light and peace

No more presidents
And all the wars will end
One united world…under god

When the children cry
Let them know we tried
´Cause when the children sings
Then the new world begins

What have we become
Just look what we have done
All that we destroyed
You must build again

No more presidents
And all the wars will end
One united world…under god

When the children cry
Let them know we tried
´Cause when the children fight
Then we know it ain´t right

When the children break
Let them know we’re awake
´Cause when the children sings
The new world begins'

'When The Children Cry' - White Lion (Mike Tramp)