Full Metal Jacket - Nascido para Matar
A primeira vez que vi este já foi certamente há uma dezena de anos, e na altura confesso que fiquei impressionado com ele de várias formas: pela violência e pelo realismo das imagens, pela performance de alguns dos personagens e pela alta qualidade de realização. Aquele que na época foi considerado como um dos melhores filmes sobre a guerra do Vietname de todos os tempos, ainda hoje se encontra no topo a par de outros títulos como ‘Apocalypse Now’ e ‘Platoon’. Foi um filme que marcou a década de 80….ontem tive a oportunidade de o rever: a opinião mantém-se.
‘Nascido para matar’ (Full Metal Jacket) é uma das maiores obras de Stanley Kubrick, e surge em 1987 após um interregno de 7 anos sem realizar qualquer obra no cinema e depois de 'Shining' (1980 com Jack Nicholson). Kubrick entrava no difícil mundo da Guerra do Vietname, um dos temas mais marcantes para a história americana. Nesta magnifica obra, podemos fazer uma separação em duas partes distintas: o treino na Academia dos Fuzileiros, e o cenário de guerra.
Na primeira parte, assistimos a todo o duríssimo e por vezes desumano processo de treino a que os fuzileiros americanos são sujeitos. O Sargento Hartmann (R. Lee Ermey), aplica de uma dureza tal, que um dos soldados em treino – Leonard Lawrence ou de alcunha Gomer Pyle (Vincent D’Onofrio), já no final da recruta, após várias tentativas de abandono, e depois de estar sujeito à violência do treino, entra num estado de total colapso, em que perde inclusivamente a total noção da realidade. Esta é uma das cenas mais impressionáveis do filme, e uma das que fica mais na memória de quem o viu.
‘Nascido para matar’ (Full Metal Jacket) é uma das maiores obras de Stanley Kubrick, e surge em 1987 após um interregno de 7 anos sem realizar qualquer obra no cinema e depois de 'Shining' (1980 com Jack Nicholson). Kubrick entrava no difícil mundo da Guerra do Vietname, um dos temas mais marcantes para a história americana. Nesta magnifica obra, podemos fazer uma separação em duas partes distintas: o treino na Academia dos Fuzileiros, e o cenário de guerra.
Na primeira parte, assistimos a todo o duríssimo e por vezes desumano processo de treino a que os fuzileiros americanos são sujeitos. O Sargento Hartmann (R. Lee Ermey), aplica de uma dureza tal, que um dos soldados em treino – Leonard Lawrence ou de alcunha Gomer Pyle (Vincent D’Onofrio), já no final da recruta, após várias tentativas de abandono, e depois de estar sujeito à violência do treino, entra num estado de total colapso, em que perde inclusivamente a total noção da realidade. Esta é uma das cenas mais impressionáveis do filme, e uma das que fica mais na memória de quem o viu.
Esta primeira parte de ‘Nascido para Matar’, é continuamente narrada pelo Soldado Jocker (alcunha dada pelos companheiros devido ao seu humor sarcástico, qualquer que fosse a situação). No cenário de guerra, a narração mantém-se: Jocker (Matthew Modine) é correspondente de guerra para o órgão de informação militar e nos seus textos utiliza eufemismos, chegando mesmo a inventar alguns factos que na sua óptica serviriam para motivar os soldados americanos que colocassem em questão a presença das tropas no Vietname. Num pormenor que demonstra a forma como muitos americanos colocaram em questão a participação nesta guerra encontra-se no próprio soldado Jocker: no seu capacete está pintada a frase ‘Born to Kill’, e no seu casaco, encontra-se um símbolo da paz…uma aparente contradição. No decorrer dos conflitos ele acaba por ser enviado para a frente de batalha ao lado de um antigo companheiro de treino…é nesta parte do filme que assistimos a cenários brilhantemente feitos a preceito, em que toda a violência e dureza da guerra é muito bem ‘pintada’. Há imagens verdadeiramente impressionantes, como uma das cenas finais que o batalhão é apanhado numa ‘emboscada’ por um atirador.
O filme termina com os fuzileiros a cantar uma música do Rato Mickey. Numa clara demonstração da dualidade, expressa no capacete e no símbolo da paz de Jocker, o genérico final do filme passa ao som do pesado e bastante negro ‘Paint it Black’ dos Rolling Stones. Uma fantástica realização e desempenhos excelentes de vários actores...é sem dúvida uma obra de qualidade excepcional.
Nota: 9/10
O filme termina com os fuzileiros a cantar uma música do Rato Mickey. Numa clara demonstração da dualidade, expressa no capacete e no símbolo da paz de Jocker, o genérico final do filme passa ao som do pesado e bastante negro ‘Paint it Black’ dos Rolling Stones. Uma fantástica realização e desempenhos excelentes de vários actores...é sem dúvida uma obra de qualidade excepcional.
Nota: 9/10
1 Comments:
Excelente filme, bom regresso aos clássicos Martunis.
Aproximação interessante de Kubrick ao treino de um soldado, uma obra-prima de filmes de guerra.
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