Existirá Um Tempo Certo?
Haverá uma altura para tudo? Saberemos que é o momento de dizer o que sabemos ou sabermos o que dizer? Saberemos que chegou a altura de virar para um dos lados e seguir nessa direcção? Saberemos que chegou o momento? Saberemos que será esse o 'Momento'? Será essa a altura certa e o momento exacto? E quando essa altura chegar, recebemos algum aviso no correio ou um Sms no telemóvel? Aparece algum sinal a dizer...'Chegou a hora?'. Como é que funciona?
Enfim...apeteceu-me publicar este post novamente...agora com letra.
'Is there a time for keeping a distance
A time to turn your eyes away
Is there a time for keeping your head down
For getting on with your day'
'Is there a time for kohl and lipstick
A time for cutting hair
Is there a time for high street shopping
To find the right dress to wear'
'Here she comes
Heads turn around
Here she comes
To take her crown'
'Is there a time to walk for cover
A time for kiss and tell
Is there a time for different colors
Different names you find it hard to spell'
'Is there a time for first communion
A time for east 17
Is there a time to turn the mecca
Is there a time to be a beauty queen'
'Here she comes
Beauty plays the crown
Here she comes
Surreal in her crown'
[Pavarotti]
'Dici che il fiume
trova la via al mare
E come il fiume
giungerai a me
Oltre i confini
e le terre assetate
Dici che come fiume
come fiume
L'amore giunger
L'amore
E non so pi pregare
E nell'amore non so pi sperare
E quell'amore non so pi aspettare'
[Bono]
'Is there a time for tying ribbons
A time for Christmas trees
Is there a time for laying tables
When the night is set to freeze'
'Miss Sarajevo' - U2 - (Bono e Luciano Pavarotti)
Tradução da Letra aqui
Altas Temperaturas...
Ora está sol, ora chove, ou faz vento ou então tá um calor abrasador...insuportável. Decidam-se...assim é que não dá. Calor é bom sim senhor....é verão e tal; mas também não é preciso abusar...tudo o que é demais enjoa.
WEEDS
Numa altura em que a maioria das séries a fazer furor, passam quase sempre por gabinetes de psicólogos criminais, laboratórios altamente sofisticados, grupos de acção policial repletos de tecnologia, ou por hospitais onde super-médicos salvam vidas, uma série que não retracte nada disto…é quase como um Oásis no deserto.
‘Weeds’ estreou esta semana, e é a nova série das noites de segunda-feira da RTP2, e no primeiro episódio deixou excelentes sinais do que ainda estará para vir. Entre a comédia e o drama, a série trata de assuntos tão variados como drogas, extra-terrestres, adultério, crises conjugais, diferença entre gerações entre muitos outros.
A série passa-se na pacata e algo conservadora ‘Agrestic’ (Califórnia), e mostra acima de tudo a autêntica parafernália de problemas e questões que as famílias das cidades mais pequenas dos Estados Unidos enfrentam no seu dia-a-dia. Nancy é uma esposa, mãe de família que levava uma vida desafogada mas após a morte do marido vê-se obrigada a gerir uma casa e a cuidar dos dois filhos: um na sempre problemática idade da adolescência e um outro mais novo: uma criança ‘especial’ e diferente e que é frequentemente chamada de ‘Gig’, ‘Nerd’ ou 'Wierdo’ pelos colegas da escola. Sem trabalho e perante a necessidade de manter o conforto dos filhos (e o seu também), Nancy (Mary Louise Parker) entra num negócio de venda de Erva (daí o titulo da série).
Com esta base, podíamos esperar uma série com conteúdos algo banais e por demais vistos, mostrando o submundo da droga e os problemas que acarreta. Mas ‘Weeds’ surpreende, porque a erva e o negócio em torno dela é apenas uma forma de com muita ironia e algum sarcasmo, apontar as falhas da cultura americana (muitas vezes, uma autêntica fachada). No entanto, e apesar de vender droga, Nancy não se esquece dos seus deveres de mãe, mantendo alguma rigidez na educação dos filhos, e nunca vendendo nem deixando vender erva a crianças. Aliás: ela não toca no produto do seu negócio…apenas o vende. Os seus vizinhos, amigos e outros laços (Elizabeth Perkins, Kevin Nealon, Tonye Patano, Romany Malco, Hunter Parrish e Alexander Gould) são apenas peças na engrenagem que faz girar toda a sua vida: uns mais tresloucados, outros mais sérios, também eles espelham a oscilação comédia-drama que serve de base á série.
Com um humor muito bem concebido e algo ousado, ‘Weeds’ apanha pedaços de séries como ‘Donas de casa Desesperadas’ ou ‘OC’, e de filmes como ‘Beleza Americana’ ou ‘Pecados Íntimos’. A 1ª série estreou em Portugal esta semana, na passada segunda-feira e promete ficar por cá mais algum tempo: ainda por cima quando as temporadas seguintes já se encontram prontas a passar nos nossos ecrãs assim que esta terminar.
Nota. 8,5/10Segundas-Feiras – RTP2 - 22:30
Shine On You Crazy Diamond...
Um dos melhores álbuns de sempre, e esta uma das músicas mais fabulosas de todos os tempos...Intemporal.
"Remember when you were young, you shone like the sun.
Shine on you crazy diamond...
Now there's a look in your eyes, like black holes in the sky.
Shine on you crazy diamond...
You were caught on the cross fire of childhood and stardom,
Blown on the steel breeze...
Come on you target, for faraway laughter,
come on you stranger,You legend, you martyr, and shine!"...
"You reached for the secret too soon, you cried for the moon.
Shine on you crazy diamond...
Treatened by shadows at night, and exposed in the light.
Shine on you crazy diamond...
Well you wore out your welcome with random precision,
Rode on the steel breeze...
Come on you raver, you seer of visions,
come on you painter,You piper, you prisoner, and shine!"
'Shine On You Crazy Diamond' - Pink Floyd (Waters, Gilmour, Wright)
Simpsonize...
Se eu fosse um 'Simpson' seria assim...Muito bom. 'Simpsonizem-se' tb aqui...
Um ano de Cinema - Os melhores filmes
Há poucos dias, passei á porta do cinema Nimas e reparei neste cartaz que me chamou a atenção: ‘Um ano de cinema(s) – Os melhores filmes, estreados entre Junho 2006 e Julho 2007”. Olha que maravilha pensei eu…uma excelente iniciativa, que decorre no Cinema Nimas (Lisboa) e no Cine Estúdio do Teatro Campo Alegre (Porto).
Desde ‘Uma verdade Inconveniente’, ao cómico ‘Uma família à beira de um ataque de nervos’, ao excelente ‘Volver’, aos multi-galardoados ‘Babel’, 'Departed’ ou ‘O último Rei da Escócia’, entre outros grandes trabalhos, há de tudo um pouco e filmes para todos os gostos. Temos Almodôvar, Woody Allen, Martin Scorsese, Sofia Coppola, Robert Altman, David Lynch entre muitos outros realizadores. Neste autêntico festival de reposições, também se encontram alguns filmes e realizadores portugueses, entre os quais, ‘Viúva rica solteira não fica’ de José Fonseca e Costa, ‘Body Rice’ de Hugo Vieira da Silva ou ‘98 Octanas’ de Fernando Lopes.
Durante cerca de 2 meses irão ser passados os melhores filmes estreados nos últimos 12 meses: uma grande oportunidade para ver ou mesmo para rever as películas que mais marcaram a sétima arte no último ano. Cada filme está em exibição apenas num ou (no máximo) dois dias e as sessões começam às 14:00, sendo que a última sessão do dia tem início às 21:30. E com o bilhete a preço único de 3,5€, é de aproveitar, porque oportunidades destas não surgem todos os dias.
Quando vi o cartaz e dei conta deste ‘festival’, já tinha perdido alguns filmes de excelente qualidade. No entanto, para quem quiser, ainda vai a tempo de (re)ver os melhores filmes que por cá estrearam nos últimos 12 meses. EU VOU.
Cinema Nimas – Av 5 de Outubro, 42B. Tel. 21 357 43 62
Cine Estúdio do Teatro Campo Alegre – Rua das Estrelas. Tel. 22 606 30 00
Sexta Feira 13...
Só há pouco é que reparei que era sexta feira 13...! Hoje não passo por debaixo de escadas, nem tão pouco me vou cruzar com gatos pretos. Não é dia para isso...Todo o cuidado é pouco: nunca se sabe o que nos espera ao virar da 1ª esquina. Be Careful.
Europe - Secret Society
Escrevi sobre este álbum aqui.
Europe - 'Secret Society'
Nota: 8/10
Bordertown - Cidade Sob Ameaça
Os filmes baseados em factos verídicos, mostram muitas vezes realidades duras, algumas mais chocantes, outras mais faladas e conhecidas um pouco por todo o mundo. Por vezes mostram histórias de luta e combate por uma causa; são histórias de emoção e emoções. ‘Bordertown’ nesse campo não foge muito à regra: é a história da luta feroz de uma mulher pela Justiça: ela vai até onde for preciso e enfrenta quem e o que for necessário.
Lauren Fredericks (Jennifer Lopez) é uma jornalista do Chicago Herald que ambiciona ser ‘lançada’ para a cobertura da frente de combate no Iraque. Antes, o seu editor (Martin Sheen) entrega-lhe uma missão: investigar uma história na cidade fronteiriça mexicana de Juarez. Juarez, é uma cidade que vive dominada pelo medo….largas centenas de mulheres foram violadas e brutalmente assassinadas, sem que ninguém pareça preocupar-se. Como em quase todas estas histórias de terror, alguém consegue ultrapassar barreiras e de certa forma ajudar a expor as atrocidades. Eva (Maya Zapata) é a jovem que consegue escapar com vida e lutar corajosamente: ela pede ajuda a um jornal local. O seu director Diaz (António Banderas) é um antigo colega de Lauren a ligação entre os dois e dos dois ao caso começa aqui.
A partir deste ponto, e cada vez mais envolvida, a pesquisa de
Lauren deixa de ser para um ‘furo’ e torna-se por uma luta pela verdade, e acima de tudo torna-se numa questão em que a sua própria vida está colocada em causa.
O filme de
Gregory Nava (
‘Selena’,
'Why do fools fall in love’), baseia-se no
‘feminicídio’ de
Juarez. Esta expressão surgiu precisamente devido aos acontecimentos passados nesta cidade Mexicana: em 10 anos mais de 350 mulheres foram brutalmente assassinadas e muitas outras foram dadas como desaparecidas. Às portas dos Estados Unidos, as autoridades nunca levantaram muita poeira em torno destes acontecimentos. O Filme mostra como acordos e interesses comerciais, podem surgir com mais força do que a busca de uma verdade dura, e sempre inconveniente. O tema em si é bem puxado, mas um filme com esta temática, exigia uma abordagem mais funda e uma realização onde se mostrasse ainda mais o dramatismo do assunto.
‘Bordertown’ é uma mistura de um filme
histórico/dramático com um
thriller que não sendo de alta qualidade, acaba por esbater a dureza do tema em questão. Não está mal feito….fica é a meio caminho entre uma coisa e outra e aí perde-se um pouco da qualidade de um filme que podia ser uma grande obra do cinema e assim fica apenas por ser um bom filme.
Para quem conhece a maioria dos trabalhos de Jennifer Lopez, é capaz de se espantar com o seu desempenho…ela demonstra que consegue desempenhar papéis fora do género filme ‘côr-de-rosa’, empregando uma boa dose de dramatismo ao seu personagem. Maya Zapata, é que surpreende pela sua performance no papel de Eva. A jovem actriz, conta no seu currículo com participações em filmes latinos, mas ainda sem nenhum papel de grande destaque. Em ‘Brodertown’ é ela que despoleta todo o enredo e lhe confere um maior dramatismo: o seu desempenho é digno de ser relembrado e referenciado como um dos pontos altos do filme. Num elenco principal praticamente todo latino (com excepção de Martin Sheen), Antonio Banderas e a brasileira Sónia Braga completam o lote de actores com maior destaque na trama.
Não é fabuloso, mas nem por isso deixa der um bom filme. Mais não seja por pôr a nú um assunto ao longo de muito tempo escondido pelas autoridades mexicanas, e ao qual os vizinhos Estados Unidos também parecerem sempre, nunca lhe querer dar muita atenção. A verdade é que quase 400 mulheres perderam a vida, uma centena foi dada como desaparecida e apenas um homem foi condenado por 16 destes crimes. Continuam a surgir casos, que ficam por resolver…
Estreia: 12 de Julho 2007
Nota: 7,5/10
Alterações climáticas...
...agora é só pôr em Loop sem parar!!!!
Metallica - Super Bock Super Rock
Apesar de já ir com três dias de atraso, mais vale tarde que nunca…ainda por cima tendo em conta o concerto que foi. FABULOSO!!!!
Até bem perto da data do espectáculo, não estava com total certeza de ir a este concerto. Não que não tivesse vontade, mas decidi comprar o bilhete quase no próprio dia…o stress de não ir seria certamente muito maior do que o preço (exagerado) pelo bilhete; afinal de contas, os Metallica são só a maior banda do Rock mais pesado à face da Terra. E que bem que fiz em ter ido…
Pouco passava das 23h15 quando, as poucas luzes do recinto se apagaram e se ouviram os primeiros acordes da música de ‘Ecstasy of Gold’ de Ennio Morricone…eles estavam mesmo a chegar. O público, que lotava por completo um recinto mal preparado para tanta gente, já gritava em uníssono pela banda americana. ‘Creeping Death’ abriu as hostilidades e em menos de 5 minutos de espectáculo, o quarteto americano já tinha os 60 mil espectadores na mão…no coração, no pensamento e um pouco por todo o lado. Num inicio algo surpreendente, os Metallica abriram a porta de ‘Ride de Lightning’ e despacharam mais dois clássicos do trash metal: ‘For Whom The Bell Tolls’ e um memorável tema homónimo do álbum de 1984.
Já todos os presentes no Parque Tejo estavam totalmente entregues, quando James anunciou mais um tema que deliciou a ‘velha guarda’ dos fãs da banda: ‘Disposable Heroes’ marcou um avanço de três anos no calendário, mas no recinto do SBSR, ninguém pareceu ter dado muito por isso: queriam era um grande concerto de Metallica e isso era o que estavam a ter. para os presentes o mundo parecia só existir dentro daquelas paredes e em mais sitio nenhum. Lars parecia estar ligado á corrente, Trujillo enchia completamente todo o palco com as suas ‘danças’ e a sua destreza com as 5 cordas do seu baixo, Hammett ia desfilando acordes e riffs poderosíssimos ao passo que James ia liderando as tropas e enfrentando aquele gigante exército de fãns, que aqui e ali abriram clareiras de Mosh entoando as letras e todos os refrões mesmo quando ninguém o pedia.
Depois de cerca de meia hora de pura descarga de Trash Metal ao mais alto nível, uma guitarra acústica foi colocada em frente ao microfone de James: vinha um momento de ‘descanso’ (se é que isso era possível). ‘Unforgiven’ virava o concerto, mas mantinha a energia em toda a gente…entrávamos no mundo do Black Álbum, e saíamos (apenas por breves instantes) da fase ‘Cliff Burton’ (faz este ano 20 anos após a sua morte e este alinhamento não foi feito ‘por acaso’). Os Metallica pareciam decididos a continuar a agradar aos fãns mais antigos, e regressaram no tempo: ‘And Justice For All’ foi o álbum então revisitado e o tema que lhe deu nome, brilhantemente tocado no palco: algumas caras de espanto pelo alinhamento…mas ninguém se queixava.
O Povo estava em perfeita união com a banda, mas Hetfield queria mais: ‘Are You Ready To Sing Tonight’? E eis que surge ‘The Memory Remains’ e um coro de 60 mil gargantas em substituição da voz de Marianne Faithfull (na versão do disco). Esta incursão em tempos mais recentes, apesar de bem sucedida (bem que o público cantou…), foi mui rápida. O Regresso ao primeiros 4 álbuns fica marcado por ‘The Four Horseman’, seguido de um dos mais fantásticos momentos de todo o concerto. Trujillo pede licença, faz um curto solo de baixo e dá entrada na ‘homenagem’ ao malogrado Cliff Burton: ‘Orion’ foi um momento a todos os títulos brilhante: os solos alternados, a projecção de imagens e o sentimento e emoção visíveis com que os 4 interpretaram o tema foi arrebatadora. No sei final, James lembrou em voz o desaparecido baixista.
A partir daqui, mais clássicos da banda: mais uma incursão em ‘Ride the Lightning’ (com o tema ‘Fade to Black’) e dois dos hinos mais marcantes de toda a discografia dos Metallica: ‘Master Of Puppets’ e o destrutivo ‘Battery’. Depois destas descargas de energia, Lars dava sinais de cansaço; mas quando a vontade e o querer são grandes, não há cansaço que lhes faça frente e toca de regressar em grande com ‘Sad But True’ e ‘Nothing Else Matters’. A noite há muito que estava mais que ganha….mas todos queriam mais. E os Metallica queriam mais…
…por isso regressaram e ‘desembainharam as espadas’ mais uma vez. O Rebentamento de petardos e a pirotecnia chamavam ‘One’ ao palco. Mais uma arrasadora interpretação com o público a acompanhar James Hetfield: ‘Oh Please God Wake Me’…fabuloso!!! Para que nada faltasse, ‘Enter Sadman’ voltou a pedir a participação dos 60 mil, mas nem isto fez com os mesmos ficassem satisfeitos….continuavam a querer mais. Feita a vontade, ‘Am i Evil’ e o clássico ‘Seek And Destroy’ fecharam em beleza um concerto que ficará para sempre na memória de todos. Difícil foi contar os minutos que os 4 ficaram no palco, em agradecimentos a todos os que com eles partilharam uma noite fabulosa.
Aos 4…o meu MUITO OBRIGADO. Em vez de até para o ano…despeço-me com um breve ‘Até Já’.
Nota: 9,5/10PS: para quem foi, pode relembrar o concerto
aqui,
aqui,
aqui ou
aqui. Quem não foi pode ficar com uma ideia do que perdeu.