The Departed - Entre Inimigos
Para quem está farto de filmes de polícias e ladrões, bandidos e heróis, bons e maus…vá rapidamente ver este novo filme de Martin Scorsese. De um dos maiores realizadores da história do cinema, mais não se podia esperar do que um GRANDE filme: ‘A Cor do Dinheiro’, ‘ Tudo Bons Rapazes’, ‘Cabo do Medo’ ou ‘Gangs de Nova Iorque’, são com toda a certeza excelentes películas, mas este é na certa diferente, mais não seja porque no meio da história vão surgindo pequenos ‘gags’ que dão outro ‘ar’ ao filme.
Um Drama…Thriller…Crime…’The Departed – Entre Inimigos’, é um pouco disto e um pouco de muito mais coisas. Começa logo por ter um elenco (dizer de luxo seria pouco) simplesmente fantástico. Começando pelo veterano Jack Nicholson (Frank Costello) que mais uma vez tem uma performance ao seu nível (enorme!!!), passando pelos ‘jovens’ Matt Damon (Colin Sullivan), e Leonardo Di Caprio (Billy Costingan). Este é o trio central da história, mas há outros nomes incontornáveis Mark Wahlberg (Dignam), Martin Sheen (Queenan), ou ainda Alec Baldwin, Ray Winstone e Vera Farmiga. A tudo isto, acrescentamos uma banda sonora de eleição de onde destacamos os ‘monstros’ Rolling Stones e Pink Floyd (se bem que cantados pela voz de Van Morrisson), entre outras faixas de grande categoria.
A história passa-se em Boston e coloca frente a frente a Polícia e a Máfia da cidade brilhantemente representada por Jack Nicholson, com o seu carisma especial e único. Do lado dos ‘bons’ encontramos praticamente todos os outros (SERÁ???); praticamente porque com o desenrolar do filme, o suspense e o sobressalto constante despertam-nos uma curiosidade imensa sobre o que irá acontecer a cada personagem na cena seguinte. Na minha opinião reside aí um dos pontos chvae/forte do filme: a intensidade colocada em cada cena, que nos abre o apetite para a que vem logo em seguida, deixa qualquer um pregado ao ecrã. Além disso, os subtis Gags vão aparecendo de quando em vez, e vão aligeirando o ambiente, para logo em seguida acelararmos para mais uma série de peripécias a um ritmo impressionante.
Cada personagem tem a sua personalidade muito vincada, e os Gangsters e Polícias dividem-se entre a lealdade, a traição e a procura pessoal de cada um e entre a mentira e os ‘mind games’. Cada personagem está muitíssimo bem ‘vestido’: confesso que não era particular admirador de Di Caprio mas a sua actuação em “The Departed” apagou-me logo essa imagem: à beira do desespero e do colapso piscológico, o seu personagem (Costingan), é brilhante. Matt Damon não me surpreendeu porque já sabia do que ele era capaz, Jack Nicholson está igual a si próprio, e Mark Wahlberg está simplesmente ‘sui géneries’. De destacar ainda Ray Winstone (‘French’, o braço direito da Máfia local): muito bom.
Em resumo: a história está tão bem construída que às páginas tantas já não sabemos bem o que cada personagem representa, quando, como e para quem. Confuso? O objectivo de Scorsese é exactamente esse: provocar na mente de quem vê este grande filme, um sem número de questões, e levantar a discussão à saída da sala. Bem representativo disso mesmo, é o final do filme: nem sei bem descrever…se calhar fico-me por um GENIAL!!!
Nota: 9,5/10
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