quinta-feira, março 08, 2007

O Labirinto do Fauno

Três estatuetas dos Óscares, Festival de Cannes, Fanstasporto e uma extraordinária recepção da crítica americana, foram os ingredientes necessários para me conduzir a este filme. Não é muito habitual, vermos um filme de género ‘cinema fantástico’ receber criticas tão generosas e positivas.

A estória passa-se em Espanha (1944) numa altura em que a Guerra Civil espanhola já terminou, mas um grupo de rebeldes resiste ainda e sempre nas montanhas da Região de Navarra. O Capitão Vidal (Sergi López), é o oficial encarregue de travar esse combate. Ofélia (Ivana Baquero) é uma pequena sonhadora de 10 anos, que viaja com a mãe (grávida), para junto do Padrasto. A rapariga, com a gravidez da mãe e a falta de relação com o Padrasto, e fascinada pelos contos de fadas e livros fantásticos, deixa-se levar pela envolvência do mundo apreendido nos livros. Ela encontra um velho labirinto, onde conhece o Fauno: segundo este velho ser, Ofélia é a reencarnação de uma antiga princesa e o labirinto é a porta de entrada no Reino de onde a princesa desapareceu há muitos anos. Para a abrir, ela terá que cumprir uma série de tarefas, através das quais ela vai encontrar seres de ‘outro mundo’ e conhecer cenários paralelos e fantásticos.

Nesta nova ‘Alice no País das Maravilhas’ o tempo esgota-se com uma enorme rapidez. A relação entre o Mundo Real (onde se trava a Guerra Civil), e o Mundo Fantástico e fantasioso de Ofélia, é onde reside a maior virtude deste filme. Guillermo del Toro já não é novo nas andanças de explorar estes mundos fora do real e fá-lo com uma perícia enorme, criando cenários fabulosos e contextos mágicos. Depois de 'Nas Costas do Diabo' em que del Toro explora habilmente a dimensão da fantasia, o realizador mexicano ainda tratou o fantástico em 'Blade' e 'Hellboy'. Em ‘O Labirinto do Fauno’ fá-lo de uma forma extrema, cruzando o sonho e a fantasia (de Ofélia) com a realidade (a Guerra civil): no fundo, ambos são verdade

Não sendo ‘o filme do ano’, recomendo vivamente, porque está muito bem feito e para além dos desempenhos de López e Baquero, de destacar o trabalho de Maribel Verdú, no papel de Mercedes uma empregada do Capitão Vidal, (mas que sozinha na casa por estar aliada aos rebeldes, se vai aproximar da pequena Ofélia e ser um forte apoio), e Doug Jones, o Fauno.

Nomeado para 6 Óscares, venceu em três categorias (Melhor Direcção Artística, Melhor Fotografia e Melhor Caracterização).

Nota: 7,5/10

5 Comments:

At 5:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

é visualmente um portento. a história tb está mt bem conseguida e a realização tb boa. disseste bem, n há-d ser o filme do ano, mas é muito bom, muito recomendável.

 
At 12:41 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Filme muito interessante, e sobretudo, bastabnte original. Gostei, embora não tenha sido o que tenha gostado mais, este ano, mas recomendo a quem esteja a pensar ir ver.

 
At 4:29 da tarde, Blogger Martunis said...

Gostei...apesar de não ter sido o portento de filme que axo que poderia ter sido.

Obrigado pelas vistas

Bj e/ou abr

 
At 8:09 da tarde, Blogger André Sousa said...

Ainda tenho de o ver! mas estou cheio de curiosidade!
Um filme passado na época Franquista que se transforma num conto de fábulas para adultos promete...

 
At 4:24 da tarde, Blogger S. said...

vou ver hj ou amanhã, mas desta semana n passa. :)

Obrigada pela visita lá ao outro lado. Bem vindo. :)

 

Enviar um comentário

<< Home